19 dezembro 2007

Vou a Portugal

E ao cumprir três meses da chegada a Praga recebi a boa notícia que só ainda (já) passou um terço da ramboia... Isto porque inicialmente seria suposto ficar só um semestre, mas como não estou a gostar nada de cá estar decidi fazer um sacrifício e prolongar a estadia para um ano.

Cumpri o meu quinto fim-de-semana em Praga. Tendo em conta todos os que cá passei (contei treze), os praguenses representam 38% do total. Mas afinal o Erasmus era em Praga? Já não sei nada... Só sei é que chegou a 5ª-feira e entrámos no chamado estado-queima-das-fitas. Não foi nada fácil! Está um frio do carai: -5 ºC.

Esta última semana foi muito esquisita. Aquela coisa de saber que finalmente vou a Portugal, mas ao mesmo tempo ter a impressão que mal chegue lá começo a sentir a falta dos calabouços de Strahov & companhia... Já muita malta regressou a casa e os que ainda não foram estão com a pica toda para ir. Ainda não percebi se me apetece mesmo ir ou não mas de qualquer forma acho que me vai fazer bem regressar à civilização nem que seja por dez dias! Até em termos físicos a coisa não correu pelo melhor: um tralho dos valentes deu direito a duas impecáveis nódoas negras com direito a ferida, uma em cada perna, e de bónus umas calças rasgadas :) . Ainda para mais tou com uma certa dor de estômago, que não sei bem se é azia ou o que é, mas que teima em persisitir.

Agora há que organizar as coisas e deixar tudo mais ou menos em ordem para quando regressar ver se estudo alguma coisa. Quanto mais não seja tenho que passar nos exames!

O avião parte amanhã. Vamos daqui para Milão e de lá para o Porto com chegada prevista para as 7h30 da tarde. Vamos directos para o Diu comer uma francesinha e depois oupa para o Feup Caffe rever a malta toda. Como dizia o caro amigo Reguila: "vai ser do malhão"!

12 dezembro 2007

Seguir para Budapeste

E depois de uma rica e animada festa de apresentação de Portugal a terminar às 5h da matina, mal houve tempo para regressar a casa, empacotar a tralha e seguir para Budapeste com o autocarro a partir às 6h30... Para uns não deu mesmo tempo. Ou melhor, para uma!

A viagem foi passada a dormir sem grandes sobressaltos a não ser nas fronteiras da Eslováquia e da Hungria onde lá vinham os chatos dos polícias pedir o passaporte.
Quando chegámos fomos direitos (não foi bem direitos já que ainda custou um bocado a dar com aquilo) para o hostel. Cumpriram-se as formalidade e atirámo-nos para as famosas termas de Budapeste. Depois de dois dias e uma noite bastante cansativos, nada melhor que ficar de molho três horas numa piscina exterior com água a 38 ºC...

No outro dia acordámos cedo e demos umas voltas valentes pela manhã. Muita coisa se viu... Para quem não sabe, Budapeste é atravessada pelo Danúbio e resulta da junção de três cidades: Pest na margem esquerda, Buda e Óbuda na margem direita. O centro da cidade localiza-se em Pest. É lá onde se encontram as principais praças, ruas, monumentos e termas. Foi isso que andámos a cheirar nesse dia. À tardinha fomos buscar a Bárbara que tinha perdido o autocarro e só chegava nesse dia. Ao fim do dia ainda deu tempo para dar umas voltas numa pista de gelo e dar umas boas gargalhadas.
Não me lembro onde jantámos mas provavelmente deve ter sido num Burguer King... A probabilidade de acertar deve rondar os 50%.
O texas começou no hostel e não tardou muito até sermos convidados a dormir pelo que fomos sair e conhecer o ambiente nocturno local. A coisa estava complicada mas acabou por correr tudo bem, ou pelo menos não correu muito mal, não foi Tiaguinho?

Depois de um despertar complicado fizemo-nos ao piso rumo a mais atracções Pestianas e de seguida atirámo-nos para Buda já que faltava conhecer o castelo e a cidadela. Aquilo é interessante, mas como o tempo não estava de feição, as vistas não eram muito famosas...
Ao fim do dia voltámos às termas já que a Bárbara ainda não tinha ido. Pela parte que me toca foi um grande sacrifício ter de regressar lá... Espero vir a ser recompensado por todas estas contrariedades :) .

O dia seguinte ainda permitiu outras voltas. Desta feita pelos duas margens do rio, arredores do Parlamento e afins... A manhã culminou com um agradável almoço num restaurante argentino onde serviam maravilhosos bifes. Que saudades...
O autocarro de regresso levou-nos até Bratislava onde fizemos uma escala de 4 horas. Mais uma vez Bratislava a funcionar como um importante centro de escalas a nível europeu. Aliás acho que as funções do aeroporto de Frankfurt deveriam ser delegadas no aeroporto de Bratislava :)
Apesar de chover deu para dar umas voltitas e jantar por lá.

Cheguei a casa eram exactamente 6 da manhã. Dormi um bocado para me recompor e atacar a aula das 11h. Desta vez consegui acordar...

E pronto. Cá estamos numa 4ª feira à tarde depois de saber que tenho mais um trabalho para apresentar... Vou-me por ao fresco e ver se consigo dar-lhe vazão antes do regresso à civilização que ocorrerá dia 20 do presente!


IMAGENS - de cima para baixo
  • termas Széchenyi
  • interior das termas
  • a maior sinagoga da Europa com a Rute e o Tiago
  • que rico solzinho nas trombas
  • Tiago aos pinxos
  • João no colinho
  • a malta toda com o Parlamento como wallpapper
  • interior da igreja na zona do castelo com o Bruno
  • interior dos labirintos
  • komrads
  • mais malta reunida
  • vista a partir do castelo com a ponte Széchenyi e a basílica de S. Estevão
  • e cá está a matilha toda que passo a apresentar da direita para a extrema direita: eu, Clarita, Tiago, João, Bárbara, Bruno, Pedro e Rute :)
  • interior da discoteca que teve a honra de nos receber
  • puf... que canseira...

















11 dezembro 2007

Portuguese Presentation

Na 4ª-feira passada, dia 5, teve lugar a chamada Portuguese Presentation. Para quem não está elucidado sobre o assunto, o International Students Club daqui da zona organiza todas as semanas uma festa onde alunos de três países diferentes apresentam os seus costumes, história, comida, fazem jogos tradicionais, etc, etc...



A nossa apresentação foi no mesmo dia da Rússia e da Finlândia pelo que foi bastante fácil bate-los em termos de culinária. Obviamente, sem tirar mérito nenhum às nossas cozinheiras, antes pelo contrário. Era só pessoal a cheirar à volta das mesas. Rabanadas, pasteis de nata e bolinhos de bacalhau acompanhados, está claro, de vinho do porto.


Aqui ficam quatro dos vídeos que passámos no ecrã gigante e algumas fotos:




















IMAGENS - de cima para baixo:

  • barraca dos tugas
  • o verdadeiro
  • compadres
  • intercâmbio Portugal - Rússia





10 dezembro 2007

Necessidade de regressar

Ora, depois de uma ausência prolongada por motivos de força maior... a pedido de várias famílias regresso à tecla para continuar a crónica desta odisseia! Já passou tanto tempo que é complicado lembrar alguns pormenores com maior precisão.


No primeiro fim-de-semana deste mês houve necessidade de regressar a Cracóvia. Já que quatro dos nossos compinxas não conheciam o local, sentimo-nos na obrigação de repetir o passeio... Espero que o sacrifício venha a ser recompensado num destes dias!


Para começar com o pé direito mal entrámos no comboio o Luís e o Cândido arrotaram 100 coroas cada um por estarem a fumar na plataforma da estação. Outra curiosidade era o facto do comboio que apanhámos tinha como destino final Moscovo. Por isso havia que trocar de comboio em Katowice para Cracóvia. O problema era que as carruagens sem camas só iam até à fronteira e depois tinha-se que mudar de carruagem. E como os nossos bilhetes não eram válidos nas camas não nos queriam deixar continuar. Andámos uns minutos na estação a tentar descobrir as horas dos próximos comboios mas sem sucesso. Isto numa estação no meio do nada cheia de neve às 4h da manhã... O verdadeiro texas! Insistimos com um dos picas russos (ninguém falava inglês) e mediante o pagamento da módica quantia de 12€ por bico deixou-nos seguir nas camas até Katowice para, aí sim, trocar de comboio para Cracóvia. Não foi bem fácil...


Depois de chegar-mos cumprimos as formalidades no hostel e mandámo-nos pá praça em direcção a Auschwitz. Uma viagem de quase duas horas num autocarro tipo STCP custou um bocado, sobretudo depois de uma noite em branco.

Como já lá tinha ido ia relembrando as coisas... Não me impressionou como na primeira vez mas de qualquer forma é sempre agressivo. Passámos umas horas muito calmos tirando o facto de nos pormos a atirar neve uns aos outros no meio do campo de concentração, o que talvez não tenha sido muito adequado.


Ao fim do dia deu para descansar um bocado e à noite houve uma festa no hostel para comemorar o último dia antes do advento. Como os polacos são muito religiosos levam à risca essas coisas. Por isso, até ao Natal esse era o dia em que se podia fazer cáca da grossa. E foi mais ao menos o que se passou. Sem me querer repetir, foi o texas total.


Entretanto, e depois de uma longa noite, houve necessidade de repor forças. Deram-se umas voltas pela cidade (afinal foi para isso que lá fomos :D). Igreja aqui, jardim ali, macdonald's acolá! Um bom resumo do dia. A noite foi um remake da anterior mas com qualidade inferior. Aliás, como normalmente se passa com os remakes...
"Esperei 10 minutos para me recompor e voltei à carga". Mais um resumo, mas desta vez para a noite.


No outro dia ainda acordámos antes de anoitecer para ir ao castelo e ber a bista. Comprei umas botifarras porreiras que já andava para comprar há uns tempos. Parámos num cafezito onde o Cândido tentou pagar em dólares mas sem sucesso. E ao bazar fomos brindados com fogo de artifício mesmo junto à estação de comboios. Despedida em grande!
A viagem de regresso foi feita de seguida mas chegámos mais mortos que vivos. E eu ia ter aula duas horas depois. Claro que foi para o tecto. O mesmo não se passou com o João que mal chegou a Strahov foi tomar banho e pos-se ao fresco para o CTU. Ah grande homem!

IMAGENS - de cima para baixo:

  • O trabalho liberta
  • Morreram que nem tordos... :(
  • Cara de macaco do Diogo
  • Pequeno-almoço ao chegar ao hostel depois de uma noite cansativa
  • Catedral no castelo
  • Bela foto
  • O Luís a sacar as catotas ao murcão
  • Javalis em grande
  • Fogo de despedida
  • Regresso no comboio