11 abril 2008

Até à capital dos Países Baixos

Mais uma promoção da nossa amiga SkyEurope deu-nos a oportunidade de fazer uma visitinha até à capital dos Países Baixos: Amesterdão! Aproveitámos uma das várias campanhas que eles lançam e a corrida ficou por 60€ ida e volta… nada mau, não senhor!
E como a maioria dos habituais companheiros de viagem já tinha regressado a terras lusas, houve uma pequena reestruturação nos elementos da comitiva. Mas uma coisa era certa: a animação continuava garantida. Partimos dia 14 do mês transacto com o avião a descolar às 6h30 da manhã. Dormiríamos três noites em solo holandês e regressaríamos dia 17 ao fim do dia.

Contávamos com uma preciosa ajuda: o Dias. Ele já conhecia bem a cidade e já lá tinha morado durante uns meses pelo que ficou encarregue de nos guiar por entre ruas e canais. Quando chegámos ao aeroporto tivemos que andar imenso até chegarmos à zona de verificação de passaportes. Corredores enormes cujo fim era inalcançável. Enfim… depois de vários minutos a galgar passadeiras lá chegámos aos ditos cujos. Metemo-nos no comboio que nos levava até ao centro da cidade e em 15 minutos pusemo-nos lá. A partir daqui o percurso foi feito a pé até ao hotel. Pois é! Não é hostel, mas sim hotel… infelizmente!… Isto porque reservámos os quartos muito tarde e tudo o que tinha preços minimamente aceitáveis estava lotado. No meio do que sobrava esta foi mesmo a opção menos má. Bem, mas regressando ao percurso desde a estação de comboios até ao hotel, tivemos oportunidade para sentir a cidade, ou pelo menos o frio que estava. Os edifícios característicos todos encavalitados uns nos outros, desnivelados, tortos, desequilibrados. Os canais a cortarem as ruas onde circulavam mais bicicletas do que carros e peões todos juntos.




Fizemos o check-in no hotel e dormimos logo ali uma rica soneca enquanto esperávamos pelo último membro da comitiva que se nos juntaria dentro em breve. O Tiago vinha de Lisboa e ia passar o fim-de-semana connosco em Amesterdão. Depois vinha matar saudades a Praga por uns dias e regressava na semana seguinte à civilização.

O dia foi passado a vaguear pelas ruas da cidade. Passeio para um lado, passeio para o outro… Fomos até ao Red-Light District que me deixou um pouco desiludido. Depois de ter ouvido tanta coisa durante tantos anos acerca dessa tão afamada zona da capital holandesa, talvez tenha criado na minha mente uma coisa mais hard-core, o que, na verdade não se passava. Ou talvez os meses passados em Praga tenham contribuído para apaziguar os padrões de surpreendimento. O cheiro característico a erva e os sustos com as bicicletas eram frequentes. Era preciso olhar duas ou três vezes para cada lado antes de atravessar o que quer que fosse. No início metia-me uma certa confusão ver tanta bicicleta por todo o lado mas depois é uma questão de hábito. É, realmente, um meio de transporte fantabulástico.

No dia seguinte eu, a Rute e a Isabel fomos dar uma volta matinal enquanto o resto da malta se recompunha da visita a uma coffee-shop. Parece que a Isabel tinha sido a verdadeira impulsionadora do consumo dessa substância milagrosa mas na manhã seguinte foi a que melhor se portou. Mais tarde juntámo-nos para fazer uma visita guiada pela cidade semelhante à que tínhamos feito em Berlim. Cada pessoa paga o que achar justo ou se não achar nada também pode não pagar :) na boa... Demorou quase quatro horas mas valeu a pena. À noite fomos mais uma vez a uma coffee-shop. Uns eram repetentes, outros não. Havia stock para dar vazão mas antes disso eu e o Tiago aventurámo-nos num space-cake. Foi o chamado verdadeiro desperdício de dinheiro. :( Mas o que é certo é que pelo menos experimentámos e podemos conclui-lo. Espero com isto contribuir para a poupança de 5€ dos caríssimos leitores deste blog.





O domingo foi dedicado a um dos grandes atractivos da cidade: o museu Van Gogh. Nele encontram-se expostas várias obras do autor desde os primórdios da sua actividade como artista bem como obras de outros autores que o influenciaram ao longo da carreira. No final do cardápio estava uma exposição de um outro autor também ele de origem neerlandesa ?? que dava pelo nome de Millais. Depois de visto e revisto mandámo-nos para outro canto da cidade e fomos ao famoso Bar Eleven recomendado pelo Dias. É um bar-restaurante que fica no 11º andar de um edifício e que proporciona uma vista jeitosa sobre a cidade já que edifícios altos é coisa que não abunda naquela terra.





No último dia a comitiva ficou dividida em três grupos: o Bruno, o Tiago, o Pedro e o Dias foram dar uma valente passeata de bicicleta pelos arredores da cidade. O Inácio, a Joana e a Isabel optaram por mais um passeio por entre parques e museus. Eu e a Rute fomos ao museu de fotografia e visitámos alguns edifícios de famosos arquitectos nos arredores da cidade. Um deles era da autoria do famoso (não para mim, mas provavelmente para as pessoas da área) ateliê holandês MVRDV. Andámos por zonas residenciais muito diferentes do centro da cidade. As próprias pessoas eram diferentes. Era curioso reparar nos passageiros dos transportes públicos: à medida que nos afastávamos do centro o número de passageiros nativos ia diminuindo e dava lugar a pessoas de origem estrangeira, nomeadamente turcos, árabes e africanos. O contrário acontecia no percurso inverso, claro. À hora marcada encontrámo-nos no hotel para seguirmos para o aeroporto e regressar a casa.



Com a nossa chegada a casa e com dois novos elementos – o Tiago que ficaria por cá e o Damião que tinha acabado de ir buscar ao terminal dos autocarros vindo de Bratislava – uma surpresa desagradável esperava-nos. O quadro eléctrico da cozinha tinha disparado e tudo o que estava no frigorífico foi à vida… Já não bastava o cansaço da viagem, ainda tivemos que tentar remediar a coisa.

Mas tristezas à parte, foi mais uma viagem bem passada e cheia de coisas boas para juntar às recordações deste ano de Erasmus.

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